sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O melhor terapeuta do homem







O Melhor Terapeuta do Homem



Além de nos divertir e dar carinho, os animais começam a ser reconhecidos pelo seu papel na reabilitação de problemas físicos e psicológicos.
Foi-se o tempo em que cães, gatos, cavalos e outros animais eram vistos só como melhores  amigos do homem. De uns anos para cá, eles têm recebido  crédito  com legítimos  auxiliares  no tratamento de uma série de doenças e já protagonizam uma nova abordagem terapêutica: a Zooterapia ou terapia assistida por animais. Não são, portanto  os chamados bichos de estimação, mas de animais recrutados para ajudar alguém a lidar melhor com um problema: por exemplo, os portadores de paralisia cerebral, síndrome de Down, autismo, Alzheimer, seqüelas de acidente vascular cerebral, transtorno de hiperatividade, ansiedade e depressão, esquizofrenia, etc.
Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas/SP(UNICAMP) testaram com êxito a equatorapia, modalidade que se vale de cavalos para acelerar a recuperação de vítimas de derrame.
O cavalo  tem o movimento  do quadril igual a do ser humano. Por isso , quando o paciente está em cima dele, exercita habilidades como  locomoção e equilíbrio, melhorando sua qualidade de vida.
Outro animal famoso por sua atuação terapêutica  é o cachorro. “ O contato  com o cão  desfoca  a pessoa da doença e propicia a liberação de endorfina, substância que traz sensação de bem  estar e bom humor”. De olhos nesse potencial a Diretora  clínica do Hospital Infantil  Sabará, na Capital Paulista, criou neste ano  o projeto Cão Terapia. Uma vez na semana cachorros acompanhados por adestradores são levados à instituição para interagir com crianças de até 3 anos. A terapia não se resume a acariciar os bichos, mas inclui jogos e brincadeiras. As atividades variam de acordo com o paciente e seus problemas.
Embora pareça simples de ser realizada, a zooterapia não é feita com  qualquer animal. Para  virar um “terapeuta” o bicho não precisa ser adestrado, mas tem de passar por testes de agressividade, para verificar se é dócil, paciente e tolerante.
No caso do cachorro ele não pode se assustar com barulho, latir a toda hora ou pular sem um comando. Além disso, deve tomar banho com freqüência, ter os dentes escovados e ser vacinado. Em outras palavras, não adianta buscar ajuda com um cãozinho de rua ou com o do vizinho.
Apesar de essa abordagem  terapêutica estar  bastante associada  a crianças, cada vez mais  experiências  evidenciam  seus benefícios aos mais velhos. É por isso que cães, coelhos e até tartarugas  são tão  bem vindas a clínicas  e casas de repouso.
A presença de um animal serve como quebra de rotina, e isso ajuda principalmente os deprimidos. As vantagens não se restringem   ao aspecto psicológico. ”Indivíduos mais velhos que têm problemas de equilíbrio e não fazem exercícios, são privilegiados com a companhia de um animal, porque se sentem motivados a caminhar mais.
Está aí uma prova de que não são apenas os serem humanos que cuidam de seus amigos animais – o inverso pode ser até mais verdadeiro

  
   
Extraído da revista saúde – 08/2013

Sílvia Marília   Set/2013

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