O Melhor Terapeuta do Homem
Além de nos divertir e dar carinho, os animais começam
a ser reconhecidos pelo seu papel na reabilitação de problemas físicos e
psicológicos.
Foi-se o tempo em que cães, gatos, cavalos e outros
animais eram vistos só como melhores
amigos do homem. De uns anos para cá, eles têm recebido crédito
com legítimos auxiliares no tratamento de uma série de doenças e já
protagonizam uma nova abordagem terapêutica: a Zooterapia ou terapia assistida
por animais. Não são, portanto os
chamados bichos de estimação, mas de animais recrutados para ajudar alguém a
lidar melhor com um problema: por exemplo, os portadores de paralisia cerebral,
síndrome de Down, autismo, Alzheimer, seqüelas de acidente vascular cerebral,
transtorno de hiperatividade, ansiedade e depressão, esquizofrenia, etc.
Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas/SP(UNICAMP)
testaram com êxito a equatorapia, modalidade que se vale de cavalos para
acelerar a recuperação de vítimas de derrame.
O cavalo tem o
movimento do quadril igual a do ser
humano. Por isso , quando o paciente está em cima dele, exercita habilidades
como locomoção e equilíbrio, melhorando
sua qualidade de vida.
Outro animal famoso por sua atuação terapêutica é o cachorro. “ O contato com o cão desfoca
a pessoa da doença e propicia a liberação de endorfina, substância que
traz sensação de bem estar e bom humor”.
De olhos nesse potencial a Diretora
clínica do Hospital Infantil
Sabará, na Capital Paulista, criou neste ano o projeto Cão Terapia. Uma vez na semana
cachorros acompanhados por adestradores são levados à instituição para
interagir com crianças de até 3 anos. A terapia não se resume a acariciar os
bichos, mas inclui jogos e brincadeiras. As atividades variam de acordo com o
paciente e seus problemas.
Embora pareça simples de ser realizada, a zooterapia
não é feita com qualquer animal.
Para virar um “terapeuta” o bicho não
precisa ser adestrado, mas tem de passar por testes de agressividade, para
verificar se é dócil, paciente e tolerante.
No caso do cachorro ele não pode se assustar com
barulho, latir a toda hora ou pular sem um comando. Além disso, deve tomar
banho com freqüência, ter os dentes escovados e ser vacinado. Em outras
palavras, não adianta buscar ajuda com um cãozinho de rua ou com o do vizinho.
Apesar de essa abordagem terapêutica estar bastante associada a crianças, cada vez mais experiências
evidenciam seus benefícios aos
mais velhos. É por isso que cães, coelhos e até tartarugas são tão
bem vindas a clínicas e casas de
repouso.
A presença de um animal serve como quebra de rotina, e
isso ajuda principalmente os deprimidos. As vantagens não se restringem ao aspecto psicológico. ”Indivíduos mais
velhos que têm problemas de equilíbrio e não fazem exercícios, são
privilegiados com a companhia de um animal, porque se sentem motivados a caminhar
mais.
Está aí uma
prova de que não são apenas os serem humanos que cuidam de seus amigos animais
– o inverso pode ser até mais verdadeiro
Extraído da revista saúde – 08/2013
Sílvia Marília Set/2013
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